Adriana Bombom abre o verbo para os críticos: ‘Dane-se! Não estou nem aí’
Apresentadora comentou o flagra sem maquiagem, lembrou que já falaram do seu corpo e do seu cabelo, e disse que está solteira: ‘Têm medo de mim’.
Foi assim quando ela começou a aparecer fortona, nos anos 2000, época em que o look sarada de academia ainda era raridade entre as mulheres. Foi assim também quando ela revelou a estranha dieta de clara de ovo com batata doce, e que hoje é prato preferido de dez entre dez marombeiros. E o que dizer dos cabelos afro de Bombom? Alisar? Jamais!
Como você reagiu à patrulha pelo fato de ter saído sem maquiagem?
Se eu for me preocupar com que cada pessoa fala, não vou conseguir dormir, malhar, comer."
Adriana Bombom
Você já mudou algum comportamento por causa de críticas?
Não. As pessoas diziam “ô minha filha, tem tanto dinheiro e anda com esse cabelo desgrenhado. Vai cuidar desse cabelo”. Só que as pessoas não entendem que eu sou negra, que meu cabelo é afro, que eu cuido do meu cabelo, sim, mas este é meu estilo. Então, vão ser obrigados a vê-lo desgrenhado, sim, ele pra cima, sim, feito Bombril, sim. Aceita, que meu estilo é esse. Não mudo nada porque as pessoas estão falando, mudo porque eu quero. Outra época falavam: “Ai, você está muito forte!”. Dane-se! Eu quero ficar assim! O corpo é meu! Em geral, quem fala são as barangas, que não se cuidam (risos). Fui a primeira pessoa a falar que comia clara de ovo e batata doce, de três em três horas, todo mundo caiu de pau. Hoje, todo mundo faz. E adora falar que faz (risos).
Você se arrepende de alguma coisa que falou?
Bancar escolhas físicas e opiniões já te atrapalhou no trabalho?
Não, pelo contrário. As pessoas gostam de quem tem atitude. Tem gente que acha que eu estou fazendo tipo. Mas com o tempo, as pessoas vão vendo que sou louca mesmo (risos). Sou sete e oito, não tenho tempo para o seis, cinco, quatro, três, dois, um (risos).
Estou solteira desde que terminei meu casamento. Solteira, sim, sozinha nunca"
Adriana Bombom
Já, porque assusta um pouco, né? As pessoas ficam com medo de chegar em mim. Ninguém me canta, acham que não vou dar ideia. Estou solteira desde que terminei meu casamento (Ela foi casada com o cantor Dudu Nobre com quem tem duas filhas). Solteira, sim, sozinha nunca. Agora quem é, eu não sei (risos).
Não sei. Acho que as pessoas têm medo de mim. Não vou arrumar namorado na noite, em boate, porque não é a minha. Acho que quando bater, bateu.
Se não é na noite, quando é que você beija na boca então?
Depois te conto. Dá-se um jeito (risos). Brincadeira. Estou numa fase muito bacana no trabalho, cuidando das minhas filhas, montando a minha casa. Não quero ninguém pegando no meu pé. Se eu tiver alguém hoje em dia vai ser para namorar, não para casar. Eu enjoo rápido (risos).
Você acha que o fim do seu casamento, que foi conturbado, contribuiu para que as pessoas tivesse uma certa má vontade com você?
Não, pelo contrário. As pessoas me davam apoio na rua, me desejam força. Hoje estou com minhas filhas, graças a Deus, e a nuvem negra passou. Sou uma mulher guerreira, trabalhadora, tenho um objetivo.
Você faz planos para o futuro nessa profissão?
Gostaria de ganhar um programa de auditório, algo em que eu tenha que falar com o público, que eu possa interagir, tipo um “Esquenta”. Algo popular chique, em que eu possa subir a favela e ensinar as meninas a se vestir, customizar, a cuidar da pele com o que tem em casa. Tenho vontade de apresentar isso para alguém. Mas essa caminhada toda é boa porque o dia em que eu sair dali, eu vou pegar o meu programa de uma forma tão segura, que ninguém vai tirar mais ele de mim (risos).
Você também já foi um símbolo do carnaval. Desistiu da Avenida?
Carnaval para mim virou comércio. Não tenho dinheiro para pagar e não vou ficar me jogando, implorando para me chamarem. Quem me quiser, sabe onde estou e do que sou capaz, do meu potencial na Avenida. E pagar, não pago mesmo. Tenho dois filhos em casa para comer e não vou dar uma fortuna em três pedacinhos de pano para colocar aqui, aqui e aqui (diz apontando para os seios e o biquíni). Amo carnaval, sinto falta, o coração acelera quando vejo os desfiles do camarote. Foram sete anos de Portela, três anos de Vila Isabel, nove anos de tom Maior, dois anos de Nenê de Vila Matilde. Foi muito carnaval. Tenho vontade de fazer um documentário sobre a vida de uma rainha de bateria. Independentemente dela ser famosa ou do morro.
Agradecimento: Luciano Alencar (maquiagem)
do EGO,
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