Grazi Massafera, casa comigo?
Não existe mulher como ela. Que outra brasileira faria as torcidas do Corinthians, do Flamengo e de todos os outros times largarem tudo para viver a seu lado?
(Por Xico Sá)
Grazi é introcável, insubstituível, impagável, infeiável, inenarrável, incatalogável, arrasável e tantos e tantos outros verbos possíveis e impossíveis, aceitos ou não pelos dicionaristas de plantão.
Grazi, casa comigo. Comigo e com a torcida do Flamengo e do Corinthians. Existe solteira mais desejada no momento? Não tenho notícia. A concorrência é descomunal. Sonhar, porém, amigo, é de graça. Sonhar de olhos bem abertos enquanto folheia a revista.
Grazi solteira, me belisca, talvez ao final deste texto a realidade seja outra. Grazi repensa a vida na serra gaúcha, fico imaginando a chamada também na capa de revistas especializadas em celebridades.
Esqueça a fofoca. Grazi nunca cairá no conto da fera ferida, Grazi está mais para “broto, você é massa”, aquele verso de um Caetano safra 1978, quatro anos antes desta sereia de Jacarezinho, Paraná, chegar ao mundo.
Broto, você é muito, para seguir no mesmo embalo de repertório. Grazi é mulher que mantém no sorriso o brotinho do interior como criatura flamejante no juízo dos moços. Grazi é aquele baile de domingo, a mais linda da formatura, a rainha de todas as festas da excelência dos melhores produtos agropecuários do norte do Paraná e do Brasil inteiro.
Grazi é o telúrico e bíblico, esta associação interiorana do Brasil da uva, do Brasil do milho, do Brasil do trigo. Sempre entre a beleza e a fertilidade do campo para orgulho dos homens de boa vontade.
Peggy Sue, seu Passado a Espera, aquele baile de túnel do tempo do filme do Francis Ford Coppola (1987) me lembra muito Grazi. A situação de tal fita rapidamente nostálgica: mulher mais linda no melhor vestido enfeitiça geral o salão e tem o poder de mudar o destino. O dela e o dos outros. Um incêndio de testosterona entre os garotos que a cobiçam, um balde de água fria na inveja das demais debutantes.
Grazi é este baile em todas as outras. Um baile nos cinco sentidos de um homem. Só nos resta louvar seu Gilmar e dona Cleuza, os responsáveis pelo DNA da moça. Ele pedreiro, mas com vocação para Niemeyer em matéria de fazer filha; ela costureira, uma espécie de Coco Chanel de Jacarezinho na arte de moldar uma criatura.
Não basta, porém, ser uma bonequinha de luxo, como nos sopra, profissionalíssima, a filha de Gilmar e Cleuza. Desde cedo ela sabe disso. Aos 8, estava na passarela no concurso “Boneca Viva”. Queria o seu lugar no mundo. No papel de miss paranaense, daquelas que ainda liam O Pequeno Príncipe, sabia, como ninguém, que você é eternamente responsável por aquilo que cativa.
Na quinta edição do Big Brother Brasil, Grazielli cativou a audiência com o seu jeitinho sexy e simples de moça do interior e com toda a beleza exterior que Deus lhe deu – afinal de contas, meu caro Saint-Exupéry, o essencial é invisível aos olhos, mas nem tanto, não exagera.
A boneca viva de Jacarezinho sairia daquele confinamento com o segundo lugar – perdeu para o atual deputado baiano Jean Wyllys – e um certificado de longevidade na fama. Nada da profecia pop dos 15 minutos. Trata-se da mulher mais bem-sucedida egressa de um BBB. Grazi saiu da casa mais famosa do país imunizada contra a síndrome da celebridade-relâmpago.
A boneca viva de Jacarezinho sairia daquele confinamento com o segundo lugar – perdeu para o atual deputado baiano Jean Wyllys – e um certificado de longevidade na fama. Nada da profecia pop dos 15 minutos. Trata-se da mulher mais bem-sucedida egressa de um BBB. Grazi saiu da casa mais famosa do país imunizada contra a síndrome da celebridade-relâmpago.
Depois disso, todo mundo já sabe. Ela só nos cativa. Seja na novela ou na capa de revistas. Especialmente na edição de 2009 desta VIP, quando a filha do seu Gilmar – ah, se todos os pedreiros fossem iguais a você, amigo – foi eleita, com toda justiça, a mulher mais sexy do mundo. Ao transpor todas as fronteiras, neste momento Grazi deve ter lembrado de novo de O Pequeno Príncipe e a sua filosofia por um mundo sem limites geográficos.
Nosso tesão por você é universalíssimo.
Nosso tesão por você é universalíssimo.
Mas Grazi sabe que para se manter à prova da fugacidade da fama a boneca viva de Jacarezinho precisa sempre estar aprendendo uma coisa nova. Ela não é de fingir cara de conteúdo. Basta um plantão na livraria Argumento, no Leblon de Manoel Carlos, para testemunhar a solteira mais cobiçada do país saindo cheia de livros e filmes, incluindo no pacote até um sofisticado Zabriskie Point, de Michelangelo Antonioni, como vi em uma revista.
Como se não bastasse, a mulher mais sonhada do Brasil ainda vê filme-cabeça. É sonho, me belisca. Imagina uma sessão caseira com a moça. Ao lado da Grazi eu veria até faroeste nacional. Casa comigo, nem que seja de brincadeirinha.
E você não sabe, amigo que curte futebol, Grazi nasceu durante aquela fatídica Copa do Mundo de 1982. Só pode ter sido uma compensação divina para a tragédia de Sarriá, quando uma das melhores seleções brasileiras de todas as eras sucumbiu diante da esquadra Azurra. A equipe italiana desbancou a orquestra de Falcão, Zico e Sócrates, com o maestro Telê Santana como regente. Estávamos vingados e não sabíamos. Nascia em Jacarezinho, naquele mesmo período, com sangue italiano e brasileiro, a bonequinha Massafera, ufa.
Deve ser por isso que Grazi sempre gostou de se enfeitar para ver os jogos do time canarinho. Sim, amigo, ainda entende de futebol e tudo. Será que ainda preenche, na ficha do hotel, o quadradinho “solteira” a esta altura? Duvido. De qualquer forma, deixo o último apelo, em coro patriótico com os marmanjos de todos os rincões deste país: casa comigo.
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